domingo, 26 de setembro de 2010

Piada Cabeluda (literalmente) - Fábio Porchat

" Eu estou morando com a minha mulher há mais ou menos um ano. E só quando você passa a morar na mesma casa com uma mulher é que você se dá conta
de quanto cabelo humano uma cabeça é capaz de produzir. Meu Deus do Céu!
Quando minha mulher sai do banho, a sensação que eu tenho é de que ela não tomou banho sozinha.
Estavam com ela no box a Elba Ramalho e a Vanessa da Mata ensaiando para o novo show do Calypso. Não é possível.
Tem cabelo no chão, cabelo na pia, cabelo na parede!
Como é que o cabelo subiu pela parede?
Parece que eu ganhei um banheiro de pelúcia.
Eu estou prestes a instalar um Roto-Rooter no ralo do meu chuveiro.
Com o que junta no azulejo, dá para fazer uns três topetes para o Justus e ainda sobra um restinho para preencher o que falta no Perlingeiro.
Eu não sei se mulher faz de propósito, se depois que casa resolve marcar território e fica jogando cabelo pela casa, pensando: "Se ele acha que vai trazer alguma vagabunda para cá, está muito enganado."
Amigo, se você não quer ter um gato e nem um cachorro no seu apartamento porque eles soltam muito pelo, não case.
Mas para mim, o impressionante é que elas perdem um quilo e meio de cabelo por banho e você não nota diferença na cabeça dela depois que seca!
Ela continua com o mesmo penteado. Se eu perdesse por banho a quantidade de fios que ela perde, só me restaria virar hare krishna.
Eu casei com o primo It da Família Adams!
Mas é que mulher tem uma relação muito particular com esse ser, o cabelo.
Eu só percebo o cabelo da minha mulher quando ele entope meu ralo, mas minha mulher consegue ver um fio de cabelo na minha blusa num raio de cem metros.
E a pergunta é a mais surreal: de quem é esse fio de cabelo?
Como é que eu vou saber de quem é esse fio de cabelo? Eu não tenho como fazer DNA dessa amostra.
Ela pergunta como se eu fosse uma espécie de Ratinho do relacionamento, uma Márcia Goldschmidt da relação a dois.
Quem será o "pai" dessa "criança"?
Esse cabelo pode ser de qualquer pessoa no planeta que tenha cruzado comigo na rua.
Mas é claro que eu tendo a sempre responder:
- É seu.
E ela:
- Loiro?
E eu:
- Então é meu!
O dia que aparecer um fio ruivo eu estou ferrado.
E é uma pergunta que não faz o menor sentido.
Como é que eu saberia de quem é aquele fio? Eu guardo fios no bolso e vou jogando a esmo pelo meu corpo para o visual ficar mais street? É isso?
- De quem é esse fio?
- Esse? Ah, esse é do Elias, o porteiro, que eu guardei aqui em cima do meu ombro que é para não esquecer de pagar o condomínio. Esse outro aqui, é da sua mãe, que amanhã é aniversário dela e eu não posso deixar de ligar para dar meus parabéns.
Esse radar que mulher tem para achar fio de cabelo em lugares ermos do mundo podia ser usado para causas mais nobres.
Eu tenho praticamente uma "C.S.I." do couro cabeludo morando comigo!O FBI precisa saber da sua existência!
Só olhando para um fio, minha mulher sabe me dizer que ele é moreno, oleoso, tem ponta dupla, recebe chapinha, é tingido e está quebradiço.
O que para mim é só um cabelo, para ela é um mundo de possibilidades.
Ela vai além, consegue enxergar mais a fundo, ela é uma espécie de Chico Xavier capilar.
Com um fio ela faz o que o Magaiver não faria com um clipe.
Eu arrisco dizer que ela seria capaz até de prever o futuro da cabeça de qualquer pessoa, basta você dizer que xampu está usando.
Está aí, vou começar a ganhar dinheiro com isso.
Trago o cabelo da pessoa amada em três dias."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pensamentos - Bob Marley

"Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém.

Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.

Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso.

Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa.

Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia.

Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.

Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando.

Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você.

É, estou amando."

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Apaixonar-se

Muito do que acontece comigo, me leva a observar aquilo que acontece com as outras pessoas; acho que assim, fica mais fácil de fazer alguma avaliação...
Obviamente, a maioria das pessoas a minha volta se deparam com as mesmas dúvidas e medos que eu; passam pelos mesmos dilemas que eu.
Acho que meu maior dilema sempre foi e ainda é apaixonar-me.
As pessoas, em geral, tem muito medo de gostar de alguém, de entregar o coração para alguém...
Há alguns dias atrás, eu conversava com um amigo que dizia ter perdido o sono, pensando se um dia ia gostar da menina que estava com ele... Quando eu perguntei o porque disso, ele me disse que era por nunca ter se permitido gostar de ninguém, mas que algo com essa pessoa em particular, havia mudado a maneira dele de pensar e ele tinha muito receio de gostar de verdade desse alguém.
Na verdade, acho que temos medo do desconhecido!
Mas o que nessa vida é realmente palpável? Do que temos certeza?
O futuro é incerto; hoje tudo pode estar maravilhoso e amanhã, tudo pode dar errado. O problema é que não nos preparamos para tal... Não nos preparamos para os momentos de tormenta, a verdade é essa.
Por outro lado, se ficamos sempre alertas, nada acontece de maneira espontânea, tudo fica extremamente mecânico.
Deveríamos, na minha opinião, nos preparar para nos apaixonarmos... Preparar-nos previamente para o que é esse sentimento e para todas as implicações, tudo o que ali está envolvido.
Se já preparados, tendo a noção real de tudo que pode dar certo e errado e cientes de que todos os castelos de sonhos podem desmoronar, poderíamos nos preocupar menos, porque na verdade, as preocupações não são extintas. Elas vão sempre continuar ali nos consumindo.
Não deveríamos nos preocupar com os passos e atitudes do outro. Essa era uma preocupação que realmente, não deveria existir em um relacionamento.
Não deixar, óbvio, que ninguém passe por cima dos seus sentimentos e do que pensa. Os espaços devem ser respeitados, os limites devem ser respeitados, enfim.
Aliás, um dos grandes problemas dos relacionamentos (em geral), é essa invasão, o fato de não respeitar-se o espaço do outro... Isso acaba levando a distanciamentos e também, que um dos dois, acabe se anulando em detrimento do outro.
Isso acontece muito mais do que imaginamos... E é um dos principais motivos para o fracasso de um relacionamento.
Vivo, hoje, mais uma vez esse dilema: apaixonar-me ou não?
Tenho medos, tenho dúvidas... São diversos questionamentos que não permitem com que eu avance, com que eu consiga seguir em frente e tome uma decisão!
Resta, deixar o tempo correr, deixar as coisas acontecerem e acreditar (sempre) que Deus guia meus passos, sabe o que é melhor para mim e me leva sempre para o caminho certo.
Na hora certa, quando tiver realmente que ser, vai acontecer tudo de maneira natural.
Pode ser que aquele alguém especial, o qual todos nós sempre procuramos, já esteja por perto... E por que não?
Uma coisa é certa: apesar de tudo que envolve, estar apaixonado, é maravilhoso!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Meu Nome é MULHER!!

Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção ..
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER !!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Via de Mão Dupla

Há alguns minutos, eu disse algo que me fez pensar: se me magoar, também será magoado!
Fiquei pensando se isso é certo ou se eu deveria me calar quando alguem me machuca de alguma maneira, seja ela qual for.
Acho que fiquei tanto tempo calada, tanto tempo vendo as coisas acontecerem, vendo as pessoas passarem por cima de mim sem nunca reclamar de nada, que acabei me tornando uma pessoa diferente, mais dura, quem sabe?
Um dia desses, em conversa com a minha irmã, eu disse algo a ela e depois vi o quanto eu havia mudado, até porque a reação dela ao que eu falei foi bem expressiva....
Falávamos sobre relacionamento e o quanto eles podem ser difíceis às vezes, se não sempre... E eu falei para ela que as pessoas só ficam umas com as outras se quiserem, que ninguém pode obrigar ninguém a ficar com ninguém e que eu, por mais que goste de alguém, quando vejo esse mesmo alguém se afastando de mim, não querendo mais estar comigo, eu simplesmente abstraio e finjo demência.
A resposta dela foi um imenso: "Nossa!"
Pois é... Nossa!
Nem eu imaginava que agia dessa forma... Só que, infelizmente ou felizmente, não sei mais agir de outra maneira!
Quando sou rejeitada por alguém, num primeiro momento, fico chateada, sim! Afinal de contas, sou um ser humano e por mais que às vezes eu pareça insensível, sou só sentimentos!
E acho que por esse mesmo motivo, por ser somente sentimentos que ajo dessa maneira... Não sei bem quando esse mecanismo de defesa surgiu, quando nasceu!
Não sei precisar quando eu construí esse muro à minha volta.
Já ouvi críticas, inclusive, em relação a isso! Ouvi pessoas dizendo que estou fazendo tudo errado, que estou afastando algumas pessoas de mim, que desse jeito não vou ser feliz...
Quando eu 'baixo a guarda' e permito que alguém transponha esse muro, faço com muito cuidado! Vou permitindo com que essa pessoa entre no meu mundo de maneira paulatina...
Mas tenho certeza do que vai acontecer depois que essa pessoa entrar no meu mundo! Não há nada mais certo... Essa pessoa vai me magoar, ela vai me ferir de alguma forma!
E o que eu vou fazer? Vou ferir de volta, vou magoar...
Via de mão dupla! Não sei fazer diferente... Por mais que eu tente, não consigo! Não tenho sangue de barata e não sei aceitar as coisas quieta!
Estou agindo certo ou errado? Não sei, sinceramente não sei!
Enquanto eu não encontro uma resposta para tal indagação, eu vou vivendo!
Sei que enquanto tiverem pessoas ao meu lado que me amam e me aceitam como eu sou, algo estarei fazendo de certo... E é isso que me conforta e me faz seguir em frente!
Intolerante? Talvez... Mas com certeza, somente com aqueles que fazem algo que me faça agir assim!