terça-feira, 15 de março de 2011

A visão de uma JOVEM sobre os JOVENS

Sei que, para variar, muita gente vai ler esse post e vai achar que eu sou puritana ou que quero mudar o mundo ou que sou 'careta'... 
Mas, de verdade? Não me importo com críticas, cada um tem o direito de fazer o que quiser e de pensar o que quiser! 
Quando você pega o jornal ou uma revista ou assiste aos noticiários, muitos falam sobre os jovens, seu comportamento, seu mundo, gostos, enfim.
Porém, muitas dessas reportagens vêm de pessoas que não são mais assim, tão jovens e acabam por generalizar o que acontece no mundo jovem, tornam a imagem do jovem uma coisa só e esquecem que para toda regra existe uma exceção.
Por vezes, eu acredito ter nascido no tempo errado, quando olho o que acontece a minha volta e vejo o que esses mesmos jovens em questão, têm feito com as suas vidas (sem generalizar, é claro).
Minha cabeça é diferente da cabeça da maioria dos meus amigos, de pessoas com idade parecida com a minha..
Vamos exemplificar com um evento que acabou de acontecer: O Carnaval.
O Carnaval costumava ser esperado por todos por ser um período, primeiramente de descanso e por ser um período onde as pessoas podiam se divertir, dançar, sair em todos os blocos possíveis...
Hoje, a idéia de Carnaval é completamente diferente!
Vi milhões de pessoas planejando o Carnaval com meses de antecedência e juntando a maior quantidade de dinheiro possível para comprar a maior quantidade de bebidas que pudessem e depois tirar fotos e colocá-las em seus sites de relacionamento para que todos pudessem ver; como se isso fosse algum mérito.
Quando eu ia para rua para poder 'curtir' algum bloco, eu contava nos dedos as pessoas que estavam tomando água ou algum refrigerante.
E era de dar pena ver todos aqueles meninos bêbados, disputando para ver quantas mulheres eles conseguiriam agarrar e beijar. DEPLORÁVEL!
Qual o sentido de diversão hoje? Sair, beber, cair de tão bêbado e agarrar quantas pessoas puder?
Me desculpem, mas eu não vivo nesse mundo.
Já, já fui muito criticada por ser assim, já me perguntaram se eu era Evangélica, já falaram que eu era 'careta', já falaram que eu não sabia viver a vida...
Se viver a vida for isso, realmente, não sei vivê-la e agradeço por não saber vivê-la!
Sempre saí, sempre me diverti, sempre dancei, sempre ri horrores, mas nunca precisei disso.
Enxergo pessoas assim, como pessoas que têm vergonha de mostrar o que são e precisam usar algum tipo de artifício para justificar os erros que cometem.
Até bem pouco tempo atrás, contar aventuras sexuais era privilégio de homens, que se reuniam em grupinhos às segundas-feiras na Faculdade ou no trabalho e contavam todas as coisas sórdidas que haviam feito no final de semana.
Hoje, as meninas fazem o mesmo: Se reúnem e contam tudo que tem feito ou que deixam de fazer com parceiros ou com casos eventuais.
E depois, essas mesmas meninas querem ser respeitadas e sonham em encontrar alguém que fique com elas por toda vida; Enganam-se se pensam que os homens gostam de mulheres 'para frente'... Os homens são extremamente antiquados com relação a isso, eles curtem, eles saem, eles ficam com todas, mas na hora de ficar sério com alguém, eles querem uma menina de família. Isso nunca mudou e nem vai mudar.
Por que? Porque ele não quer sair na rua e ver outros homens falando que já saíram com a menina que está ao lado dele. Faz mal ao ego masculino.
O que eu sempre me pergunto é: Por que o jovem vive como se todos os dias fossem os últimos de suas vidas?
Hoje eu ouvi um menino falar: A vida passa rápido demais, a gente tem que fazer umas loucuras de vez em quando, se não, não tem nada para contar.
Eu tenho muitas coisas para contar e nunca precisei fazer nada que ferisse o que eu penso e muito menos, que envergonhasse os meus pais; até porque, na verdade, eu nunca me preocupei muito com o que aconteceria comigo se eu tomasse uma decisão errada, a minha preocupação era com o que meus pais iam pensar, a cara que eles iriam me olhar e a vergonha que eles poderiam sentir.
Acho que é isso que falta aos jovens de hoje: respeito àqueles que REALMENTE se importam com eles, que são seus pais. Mesmo sabendo que o sentido de família vem se perdendo.
Mas isso é assunto para um outro momento.
É momento de analisar o que será dos nossos futuros, o que queremos das nossas vidas...
Queremos mesmo ser vistos como uma geração perdida, promíscua e que só vai servir de mal exemplo?
Quando for nossa vez de sermos pais, será que teremos razão em dizer que 'não' aos nossos filhos depois de tudo isso que vamos ter feito, do que vamos deixar marcado no nosso passado?
O engraçado é que criticamos nossos pais e criticamos nossos amigos que não se enquadram no contexto 'louco' da coisa, mas quando temos a nossa família, fazemos exatamente como nossos pais e nossos amigos 'caretas' faziam.
Pensemos...